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Vender mentoria cristã é anti-bíblico? O que a Bíblia diz sobre isso?

  • entrevoceedeus
  • 18 de out. de 2024
  • 3 min de leitura



Muitos líderes cristãos e pastores, ao pensar em monetizar suas mentorias, têm dúvidas sobre se isso estaria em desacordo com os ensinamentos bíblicos. Uma objeção comum é: "A Bíblia não diz que devemos oferecer de graça o que recebemos de graça?". Para entender melhor essa questão, precisamos olhar com mais profundidade para o contexto bíblico e o papel do mentor cristão.

Tudo posso naquele que me fortalece

Em Filipenses 4:13, Paulo nos lembra: “Tudo posso naquele que me fortalece”. Essa passagem fala sobre a força que recebemos de Deus para cumprir nossa missão. Como líderes e mentores cristãos, nosso objetivo é servir e impactar vidas. Para muitos, isso envolve a criação de cursos, mentorias e treinamentos que ajudam outros a crescer na fé e na vida pessoal. E para cumprir bem esse chamado, muitas vezes é necessário investir em ferramentas, aprendizado e tempo.

A valorização do conhecimento e do tempo

O próprio Paulo, em 1 Timóteo 5:18, afirma: “Digno é o trabalhador do seu salário”. Esse versículo nos mostra que é justo que o esforço e o trabalho sejam reconhecidos e compensados. Mesmo em nossos ministérios, nosso tempo de estudo, preparação e ensino têm valor. Como líderes, investimos anos de estudo, muitas vezes pagando por cursos de teologia, participando de treinamentos e adquirindo ferramentas que nos ajudam a servir melhor ao Reino.

Assim como cursos de teologia são pagos — e, muitas vezes, bastante caros — o conhecimento adquirido por um mentor cristão também tem valor. Esse conhecimento não vem apenas da graça de Deus, mas também de horas e horas de estudo, oração e dedicação. Cada sessão de mentoria ou cada curso oferecido reflete anos de preparo e experiências.

Os investimentos feitos como parte do chamado

Quando um pastor ou líder cristão desenvolve uma mentoria ou curso, ele não está apenas repassando um conhecimento básico. Ele está aplicando os dons que Deus lhe deu, seu tempo de aprendizado e as ferramentas que adquiriu ao longo dos anos. Assim como um pastor investe em sua formação teológica para pregar e ensinar de forma mais profunda, o mentor cristão investe em sua capacitação para ser um canal de transformação.

Inclusive, Provérbios 4:7 nos ensina que “A sabedoria é a coisa principal; adquire, pois, a sabedoria, e com tudo o que possuis, adquire o conhecimento”. Investir em conhecimento, e depois compartilhá-lo, é uma parte importante de como lideramos e servimos aos outros.

Compartilhar o conhecimento com equilíbrio

Jesus nos ensinou a compartilhar aquilo que recebemos com amor e generosidade. Em Mateus 10:8, Ele diz: “De graça recebestes, de graça dai”. No entanto, esse versículo não invalida o princípio de que o trabalho e o esforço do trabalhador são dignos de compensação. A mensagem é que não devemos colocar o dinheiro acima do propósito. É possível servir ao Reino, transformar vidas e ainda sustentar nossas famílias e ministérios através do trabalho que realizamos.

O equilíbrio aqui é importante: mentoria e cursos não devem ser apenas sobre ganhar dinheiro, mas sim sobre cumprir um chamado e oferecer transformação real. Ao mesmo tempo, precisamos entender que nosso tempo e conhecimento têm valor, e é justo cobrar por isso quando é feito de maneira honesta e com propósito.

Conclusão

Vender mentorias ou cursos cristãos não é anti-bíblico, desde que o coração esteja no lugar certo e o objetivo seja ajudar as pessoas a crescerem na fé e na vida. É justo que o tempo, o estudo e o conhecimento do mentor sejam reconhecidos e compensados. Lembre-se: “Tudo posso naquele que me fortalece” (Filipenses 4:13), e é Ele quem nos dá sabedoria para equilibrar o ministério e a vida.

 
 
 

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